O Grupo E é um de certo equilíbrio, mas com claro favoritismo da Holanda. Camarões ou Dinamarca devem ficar com a segunda vaga, enquanto um enfraquecido Japão deverá fazer somente um papel de coadjuvante.
A Holanda vem para copa de 2006 apos o antológico jogo na copa do mundo de 2006, contra Portugal, conhecido como a Batalha de Leipzig, onde o time deixou de lado seu futebol bonito e abusou de bater no adversário. A Laranja Mecânica apostará novamente na rapidez e habilidade de seus homens de frente.
Time-Base: Stekelenburg; Van Der Wiel, Heitinga, Ooijer e Van Bronckhorst; De Jong, Van Bommel, Sneijder, e Robben; Kuyt e Van Persie
Com uma defesa que deixa bastante a desejar, especialmente em relação as subidas dos laterais extremamente ofensivos, o jovem Gregory Van Der Wiel e o experiente Gio Van Bronckhorst. Os dois sobem bastante para o ataque, muitas vezes ao mesmo tempo, deixando os zagueiros e o aguerrido volante De Jong para se virarem na cobertura. No meio, este ultimo será peça nula para o ataque. Com isso, Van Bommel e Sneijder ditarão o ritmo do time, com seus lançamentos precisos e visão de jogo apurada. Além dos dois, Robben irá atuar como sempre, pela ponta direita, onde consegue cortar para o meio e desferir seu chute forte cruzado. No ataque, muita movimentação com Dirk Kuyt, atacante que parece ter mais prazer em roubar bolas do que fazer gols, dado o quanto se esforça na marcação, e Robin Van Persie, que volta de contusão, mas tem um pé esquerdo extremamente calibrado. Os dois irão se alternar atuando como referencia.
Aposta: Primeira do Grupo.
Depois de estar ausente no Mundial de
Time-Base: Sorensen; Lars Jacobsen, Kjaer, Agger e Michael Jakobsen; Christian Poulsen, Silberbauer, Kahlenberg e Jorgensen; Tomasson e Bendtner
No gol, Sorensen vem fazendo boas temporadas em times medianos da Inglaterra. Com Agger, zagueiro regular, mas que sofre de sérios problemas com contusões e laterais que sobem pouco, a defesa será uma espécie de ferrolho. Especialmente com Poulsen de primeiro volante, jogador dotado de força física impressionante, apesar de ser um pouco fraco com a bola nos pés. Silberbauer e Jorgensen farão os lados do campo, com correria e bons passes. Centralizado, Thomas Kahlenberg usará sua habitual categoria para servir seus atacantes. Ambos são mais de área, com John Dahl Tomasson em final de carreira, já não sendo mais o mesmo de seus tempos de Milan e Ajax, e Nicklas Bendtner, jovem promessa do Arsenal, que perde muitos gols fáceis, mas volta e meia faz uma verdadeira pintura. Não será fácil jogar contra a Dinamarca na Copa. Lembremos que a Suécia de Ibrahimovic ficou de fora para dar lugar aos seus vizinhos escandinavos. Contudo, a Dinamarca cairá ante Holanda e Camarões, e não passará de fase.
Aposta: Terceira no grupo.
O Japão, tem, possivelmente, um time pior que o de 2002 e de 2006, onde nem passou da primeira fase. Apesar de se classificarem com apenas duas derrotas na Ásia, o time é fraco.
Time-Base: Kawashima; Uchida, Nagazawa, Marcus Tulio Tanaka e Nagatomo; Hasebe, Endo, Honda, Nakamura e Matsui; Okazaki
Pela primeira vez desde 1998, o divertido e baixinho Kawaguchi não será mais o goleiro japonês. Para seu lugar, foi convocado Eiji Kawashima, goleiro sem qualquer experiência internacional. A zaga será fraca, como sempre, este ano, pelo menos, será mais alta, com o paulista naturalizado Marcus Tulio, mas sem a experiencia do ex-capitao Miyamoto. Os laterais são esforçados, mas são o ponto fraco da equipe, assim como os volantes. Hasebe e Endo são jogadores baixos, com pouca característica de marcação. Pode até se dizer que são improvisados na posição. O ponto forte do time é claramente o meio de campo ofensivo, com três jogadores de criatividade e qualidade. Keisuke Honda e Daisuke Matsui são habilidosos e rápidos, enquanto Shunsuke Nakamura deverá prender a bola e fazer seus passes milimétricos chegarem para Okazaki, atacante solitário, porém muito brigador e oportunista, que foi o destaque da J-League(campeonato japonês) nessa temporada.
Aposta: Quarto no grupo.
Ausência sentida em
Time-Base: Kameni, Geremi, Rigobert Song, Bikey e Assou-Ekotto; Alexandre Song, Makoun, N'Guemo e Emana; Enoh e Eto'o
A defesa solida da equipe de Camarões começa com provavelmente o melhor goleiro africano em atualidade, Idriss Kameni. Com bons reflexos, já o vi salvar a seleção africana mais de uma vez. Porém, não passa muita segurança, pois de vez em quando da umas bobeadas. O miolo de zaga é muito forte fisicamente, porém deixa a desejar em velocidade e categoria. Se tentarem sair jogando, provavelmente irão fazer alguma lambança. Mesmo com a defesa fraca, o time continua perigoso, já que os laterais são muito bons, com Geremi e Assou-Ekotto. O primeiro sendo um dos jogadores que mais vestiu a camisa de Camarões, enquanto o segundo é titular indiscutível do Tottenham, que recentemente conquistou o direito de disputar a Liga dos Campeões, ao ficar na frente dos mais badalados Liverpool e Manchester City. No meio, segurança com Alexandre Song e Jean Makoun, enquanto Emana jogará pelo meio com infiltrações e chutes poderosos. N'Guemo, embora menos conhecido, é bom jogador. Atua aberto pelo flanco direito, é abusado e tem velocidade. No ataque, Samuel Eto'o e Enoh farão uma espécie de troca de posições constante, já que Eto'o vem cada vez mais se habituando aos lados do campo na Inter de Milão.
Aposta: Segundo do Grupo
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Copa do Mundo 2010 - Grupo E
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Copa do Mundo 2010 - Grupo D
O Grupo D é mais um grupo com 4 boas seleções. Nenhuma fica muito atrás da outra. A Alemanha, é claro, desponta como favorita, mas é seguida de perto por Servia e Gana, com a Austrália correndo por fora.
A Alemanha se classificou com autoridade nas eliminatórias européias, ficando em primeiro em um grupo em que tinha a Rússia como adversária. Porém, camisa pesa, e mais uma vez está a Alemanha sem ter um time brilhante encabeçando um grupo
Time-Base: Neuer(Tim Wiese); Andreas Beck, Mertesacker, Serdar Tasci e Lahm; Boateng, Ozil, Trochowski e Shweinsteiger; Podolski e Klose
A Alemanha enfrenta, após duas copas seguidas com ótimos goleiros, especialmente Oliver Kahn em 2002, uma safra mais para fraca. Ainda mais com o suicídio de Robert Enke, preferido de Joachim Low, e a contusão do efetivado como titular Rene Adler. A Alemanha irá, então, sem um titular definido. Manuel Neuer tem um reflexo extremamente apurado, mas costuma a falhar em alguns momentos cruciais. Wiese tem menos reflexo e menos mobilidade, mas é mais seguro e experiente. Na zaga, um pouco conhecido Andreas Beck é um bom lateral direito, dono de pouco habilidade, mas muita inteligencia e velocidade, posicionamento perfeito. Os dois zagueiros deixam a desejar, ainda mais no quesito de cobertura a Philipp Lahm, o famoso lateral esquerdo destro alemão. No meio, vocês verão um time com volantes desconhecidos. Para suprir o astro Ballack, lesionado, e o bom Hitlzsperger, que acabou por não ser convocado, provavelmente entrarão Khedira e Boateng. Esse ultimo é irmão do Boateng do Portsmouth, da Inglaterra, que foi quem deu a entrada dura em Ballack, causando sua lesão. Mais para frente, Schweinsteiger ficará sobrecarregado, mesmo com a movimentação de Podolski e as subidas incessantes de Lahm. Na frente, Klose tem que aproveitar bem suas chances, pois provavelmente serão poucas.
Aposta: Primeira no grupo.
A Austrália se classificou com facilidade na sua primeira eliminatória como pais Asiático. Para os que não sabem, a Austrália era muito forte para ficar disputando as eliminatórias no pífio continente da Oceania, então agora, para FIFA, ela é oficialmente um membro da Ásia.
Time-Base: Shwarzer; Rhys Williams, Neill, Craig Moore, Chipperfield; Culina, Wilshire, Bresciano, Tim Cahill e Brett Emerton; Harry Kewell
No gol, muita experiência e segurança com Mark Schwarzer, que vem de uma excelente temporada no surpreendente vice-campeão da Liga Europa, Fulham. Os Socceroos irão precisar muito dele, pois a zaga central, assim como os laterais, deixam muito a desejar, apesar de serem todos fortes e de boa estatura. Lucas Neill, lateral-direito de origem, autor do contestado pênalti nas oitavas de final de 2006 em cima de Camoranesi, será improvisado na zaga No meio, são basicamente quatro volantes, e Brett Emerton atuando quase como um ponta pela direita. Bresciano é mais experiente, tem excelente passe, e faz ótimos lançamentos para Emerton e Tim Cahill, provavelmente o melhor jogador da equipe, já que parece estar em todas as posições ao mesmo tempo, com sua raça inconfundível. No ataque, um envelhecido Kewell tentará dar um toque mais refinado ao seu time se movimentando e prendendo a bola para seus meias.
Aposta: Quarta no grupo.
A Sérvia está pela primeira vez na Copa. Como posso dizer isso? Simples, em 2006, o país ainda era conhecido como Sérvia e Montenegro, agora é um país independente.
Time-Base: Stojkovic; Ivanovic, Vidic, Subotic e Kolarov; Kuzmanovic, Dejan Stankovic, Milos Krasic e Kacar; Jovanovic e Zigic
A zaga inteira é muito boa. Começando pelo goleiro, o elo mais fraco, Stojkovic é um goleiro seguro, além de ser um lider do time. Ivanovic e Vidic dispensam comentários, ambos são ótimos, muito fortes, mas também com alguma habilidade e excelente posicionamento. Na esquerda vem a maior arma da equipe sérvia. Aleksandar Kolarov, lateral titular da Lazio, é muito rápido e habilidoso, muito inteligente e tem uma visão de jogo impressionante, o que o-ajuda quando cruza para seus atacantes altíssimos. Além disso, sempre efetua uma cobertura perfeita e tem um chute preciso e potente. No meio de campo central, a Sérvia conta com a categoria de Dejan Stankovic, além da velocidade e dribles de Milos Krasic. No ataque, varias opções. No banco ficam Marko Pantelic e Danko Lazovic, ambos muito bons, para dar lugar ao veloz Jovanovic e ao jogador de linha mais alto da copa, Nikola Zigic, de
Aposta: Segunda no grupo.
Gana é, na minha opinião, a maior injustiçada desse grupo. Com o time que tem, possivelmente passaria a segunda fase de novo, assim como em 2006. Porém, caiu em um grupo com duas equipes européias que se defendem extremamente bem, dificultando o trabalho do já fraco ataque ganes.
Time-Base: Kingson; Inkoom, Painstil, Mensah e Eric Addo; Muntari, Essien(?), Appiah e André Ayew; Gyan e Mathew Amoah
Kingson dá segurança para o trabalho de sua forte e alta zaga. Inkoom apóia muito pelo lado direito, mas deixa muito a desejar na parte técnica, apesar de ser muito esforçado. Pelo outro lado, Addo é mais tímido, mas também arrisca suas subidas. Contudo, os volantes do time é que fazem de Gana uma equipe perigosa. Eles se alternam entre quem fica mais e quem sobe, geralmente ficando o Muntari, já que Essien é um craque(está machucado, com perigo de não jogar a copa) e Appiah faz passes que poucos são capazes de fazer. André Ayew deverá garantir a criatividade da equipe, apesar de ser apenas um garoto de 21 anos, enquanto Gyan e Amoah terão que brigar muito com os marcadores adversários. No banco, Gana tem a disposição as jovens promessas Addy, lateral esquerdo arisco, e Adiyiah, recentemente contratado pelo Milan, ambos de 21 anos de idade.
Aposta: Terceira no grupo.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Copa do Mundo 2010 - Grupo C
O Grupo C, ao contrario dos Grupos A e B, não é nada equilibrado. Inglaterra e os Estados Unidos são claramente as duas seleções mais fortes, e será preciso uma tragédia para que Argélia ou Eslovênia se classifiquem no lugar da ex-colonizadora européia e sua ex-colônia norte-americana.
A Inglaterra se classificou com facilidade para o mundial. Fabio Capello, inclusive, ja declarou que caso a Inglaterra não chegue às semifinais, será uma decepção.
Time-Base: David James; Glen Johnson, Terry, Ferdinand e Ashley Cole; Barry, Gerrard, Lampard e Aaron Lennon(Wright-Phillips); Rooney e Heskey
A defesa é muito solida, com os dois excelentes zagueiros John Terry e Rio Ferdinand. Mesmo envolvido em diversas polemicas, Terry sempre se mantem jogando em um nível muito alto, assim assegurando a parede inglesa para esse mundial. Porém, além do problema dos dois laterais, Glen Johnson e Ashley Cole, ambos de bom passe, cruzamento e velocidade, mas que deixam a desejar na marcação, o goleiro ainda é uma incógnita. O veterano David James parece ser o favorito para a vaga, pois tem experiência e passa certa segurança, mas um mais agil e jovem, mas nada seguro Robert Green vem sendo titular. Para cobrir seus laterais e proteger seu goleiro de chutes de longa distancia Gareth Barry, Gerrard e Lampard terão que se desdobrar em coberturas em ambos os lados, o que irá prender sempre um dos três, esse que provavelmente será Barry. Dos volantes para frente, muita velocidade e habilidade com Lennon ou Wright-Phillips, excelentes jogadores para receberem lançamentos de qualquer um dos três volantes. Na frente, o grandalhão Emile Heskey será o responsável por finalizar as jogadas criadas pelo meio de campo e especialmente por Wayne Rooney, que mesmo vindo de contusão, fez a melhor temporada de sua carreira.
Aposta: Primeira no grupo.
Os Estados Unidos vem em uma crescente verdadeiramente assustadora no soccer. Após os 90, onde as seleções norte-americanas já conseguiam se defender de maneira interessante, agora a grande força econômica mundial vem revelando jogadores habilidosos e inteligentes, que usam de sua criatividade para furarem as defesas adversárias.
Time-Base: Tim Howard; Spector, Onyewu, Bocanegra e Bornstein; Bradley, Feilhaber, Ricardo Clark, Clint Dempsey e Donovan; Jozy Altidore
No gol, Tim Howard é uma verdadeira parede. Além de ser muito alto e de porte físico avantajado, é extremamente ágil e ótimo em bolas rasteiras. Com Spector na lateral direita, cria-se certa arma ofensiva, já que ele não fica somente preso na marcação. Onyewu tem alguma habilidade para um zagueiro de seu tamanho, formando uma bela defesa com a liderança de Bocanegra e o inteligente Bornstein, lateral que atua por ambos os flancos do campo com desenvoltura. No meio, três volantes. Bradley, dono de chute poderoso e Feilhaber(brasileiro naturalizado) ficam mais, enquanto Ricardo Clark usa sua velocidade para ajudar os excelentes Dempsey e Donovan na criaçao. Na frente, um trombador Jozy Altidore escora e protege bem a bola para a chegada dos homens de criação e os volantes, especialmente Michael Bradley.
Aposta: Segundo no grupo.
A Argélia é claramente a pior seleção africana na Copa do Mundo. Apesar de ter chegado mais longe do que Camarões e Nigéria na Copa Africana de Nações em Fevereiro desse ano, o time é muito fraco, com poucos jogadores experientes ou de habilidade.
Time-Base: Chaouchi; Bougherra, Yahia, Halliche e Belhadj; Mansouri, Yebda, Meghni, Matmour e Ziani; Ghezzal
Com um goleiro extremamente fraco, que falhou ridiculamente em pelo menos três ocasiões na Copa Africana, a defesa da Argélia até que consegue se virar, com dois dos destaques do time atuando nas laterais, embora Bougherra seja mais um zagueiro pela direita. Belhadj e Yebda, principais destaques junto com Matmour e Ziani, fazem uma combinação interessante pela esquerda, já que o canhoto Belhadj cruza com extrema precisao, e faz boas triangulaçoes com Yebda e Ziani. Matmour é o responsável pela criação na direita. Joga como um verdadeiro ala, pela direita, fechando o meio na marcação e partindo rapidamente para o contra-ataque, onde também tem muita facilidade para chegar ao fundo e cruzar com precisão, principalmente cruzamentos rasteiros. Ghezzal, atacante forte, é o único homem mais adiantado.
Aposta: Quarta no grupo.
Maior surpresa nas eliminatórias européias, a Eslovênia chega a copa sem nenhuma expectativa, na esperança de aplicar outras zebras, como sua vitoria em
Time-Base: Handanovic; Brecko, Cesar, Suler e Jokic; Robert Koren, Birsa, Krhin e Pecnic; Dedic e Novakovic.
Dona de uma das melhores defesas das eliminatórias européias, os destaques desta modesta seleção são poucos. O seguro e elástico goleiro Samir Handanovic, da Udinese, é certamente um deles. Ele disputa com Julio Cesar, do Brasil, o posto de melhor goleiro da Liga Italiana. Obviamente ficará atrás do ex-flamenguista, mas já demonstra seu potencial. Alem de Handanovic, tem os atacantes Dedic e Novakovic. Dedic é veloz e habilidoso, além de ter um chute de boa precisão e força de fora da área, enquanto Novakovic é o clássico centro-avante europeu. Fica muito em impedimento e faz muitas faltas, por conta de sua falta de habilidade, mas se a defesa ficar desatenta por um segundo sequer, ele se aproveita para fazer seu golzinho. No meio, vale a presença de Rene Krhin, jovem promessa eslovena da Inter de Milão.
Aposta: Terceira do Grupo.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Copa do Mundo 2010 - Grupo B
Grupo B - Argentina, Nigéria, Coréia do Sul e Grécia
O Grupo B é mais um dos muitos grupos de extremo equilíbrio na primeira Copa em solo africano, embora seja um pouco mais nivelado por baixo.
Encabeçando o grupo, vem uma Argentina que tem colecionado más atuaçoes e maus resultados, sob o comando de um aparentemente confuso e fora de seu habitat natural no banco, Diego Armando Maradona. O time-base que apresentarei a voces muito provavelmente nao será o time que verão na Africa, até porque, depois de dois anos de trabalho, Maradona ainda nao parece ter uma base montada.
Time-Base: Sergio Romero; Clemente Rodriguez, Demichelis, Samuel e Heinze; Mascherano, Veron, Bolatti, Jonas Gutierrez e Messi; Gonzalo Higuain(Diego Milito).
O time nao é fraco, obviamente tem jogadores de grande qualidade. Mas com a falta do estabelecimento de um padrão tático por Maradona, o time depende da inteligência e visão de Veron no meio de campo, que já não é mais menino, apesar de ter uma qualidade, especialmente no passe, indiscutível. A zaga é fraca, embora Walter Samuel tenha feito provavelmente a melhor temporada de sua carreira ao lado de Lúcio em uma segura e vitoriosa zaga da Inter de Milão, Demichelis não inspira confiança, assim como o desgastado Heinze e o fraquíssimo Clemente Rodriguez na direita. Se a defesa deixa a deseja, o time cresce do meio pra frente. Com o já mencionado Veron, o implacável Mascherano, o inteligente Bolatti(hoje na Fiorentina, ex-Huracan) e o taticamente perfeita Gutierrez, o meio de campo forma uma base para Messi atuar com total liberdade, criando, driblando, chutando, e servindo a referencia, seja ele o batalhador Gonzalo Higuain ou o matador Diego Milito.
Aposta: Primeira do grupo.
A Nigéria chega como a quarta força africana para o mundial. Com jogadores mais experientes, tem características diferentes de seus conterrâneos, que jogam na base da velocidade e individualidade, as Águias jogam com um 4-4-2 fechado, com praticamente 4 volantes no meio, utilizando se de passes curtos e lançamentos para penetrar as defesas adversárias.
Time-Base: Enyeama; Odiah, Yobo, Shittu e Taiwo; Etuhu, Yussuf, Obi Mikel e Odemwingue; Obafemi Martins e Yakubu
A defesa é solida, especialmente no jogo área, já que conta com 4 jogadores grandes e fortes, além de um seguro Enyeama no gol. Pela esquerda vem possivelmente a maior ameaça ofensiva da Nigéria, com o lateral Taye Taiwo. Chamado de Roberto Carlos nigeriano por conta da potencia de seu chute, tem uma resistência física que poucos têm, além de velocidade e certa habilidade. Geralmente, ele aposta corrida com os adversários até o fundo, e ganha graças a seu porte físico anormal, e cruza para o segundo poste. A melhor maneira de segurar Taiwo é colocar um jogador para explorar a ala direita, pois ele não é um jogador taticamente inteligente ou ousado, então acaba ficando preso na marcação, mesmo que não seja necessário. Os volantes são fortes e rápidos, mas de passe ruim e muita pouca criatividade, que acaba caindo toda nos pés de John Obi Mikel, que não é um armador de oficio. Assim, o time fica limitado a lançamentos longos para a velocidade de Oba Oba Martins, que ficou muito famoso por ser o jogador mais rápido do Winning Eleven 9, por isso muito útil no jogo de videogame.
Aposta: Segundo no grupo.
Sinceramente, eu não faço idéia do time base da Coréia do Sul. Os nomes são muito similares, e me confundem. Contudo, eu sei que essa Coréia vem bastante enfraquecida em relação as copas de 2006 e 2002, onde ficou em quarto lugar. Além de não ter o apoio da torcida, também não terá o eficiente apoio pela esquerda de Lee Young-Pyo, longe de seus tempos áureos nos campos. O goleiro será o mesmo, o experiente(37 anos) Lee Won-Jae, que sempre foi seguro, mas nunca fez defesas de um grau de dificuldade mais elevada. Mais uma vez, a Coréia do Sul dependerá de seu volante/armador Park Ji-Sung, parte da rotação titular do Manchester United. Park não é um jogador de extrema qualidade ou categoria, mas da um equilíbrio a qualquer time em que atuar. Esperem uma Coréia do Sul tentando manter o controle da posse de bola e marcando ora meia-pressão, ora fechada atrás do meio de campo.
Aposta: Quarta no grupo
O time da Grécia vem treinado por um conhecedor de copas, o mesmo técnico que levou Trinidad & Tobago a copa de 2006, Otto Rehaggel. Retranqueiro por natureza, não esperem uma Grécia jogando no ataque, mas sim se defendendo e apostando em seus volantes.
Time-Base: Tzorvas; Sokratis, Kyrgiakos e Moras; Seitaridis, Katsouranis, Karagounis e Basinas; Gekas, Salpingidis e Samaras
Sokratis e Kyrgiakos promovem certa segurança na defesa, mas todos os três zagueiros são um tanto quanto perdidos e sem um bom posicionamento. O time pode rapidamente se converter em um 4-4-2, onde Seitaridis vai para a lateral direita e Gekas faz um falso apoiador. Mesmo com a experiência e bons lançamentos de Katsouranis e Karagounis, o time da Grécia não deve fazer muita coisa no mundial, apesar de ter uma grande promessa no banco, Sotirios Ninis, de 19 anos.
Aposta: Terceiro no grupo.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Copa do Mundo 2010 - Grupo A
Muito bem, muito bem. Vamos começar uma nova era aqui no Drible da Vaca. Copa do Mundo é uma época especial, algo que só acontece de quatro em quatro anos. Então, resolvi fazer uma analise de cada grupo e, por conseqüência, uma analise de todas as seleções. Começaremos pelo começo:
Grupo A - África do Sul, México, Uruguai e França
África do Sul - Hospedeira do mundial, há muita expectativa nas ruas de Johanesburgo com a sua seleção. Todas esperam, no mínimo, que os Bafana Bafana cheguem as oitavas de final. Missão difícil para Carlos Alberto Parreira, que voltou ao comando da seleção sul-africana após a demissão de Joel Santana, pois pegou um grupo complicado pela frente. Parreira manteve a base que vinha sendo utilizada por Joel Santana, adicionando apenas alguns coadjuvantes.
Time Base: Khune; Gaxa, Booth, Aaron Mokoena e Masilela; Dikgacoi, Macbeth Sibaya(Tshabalala), Teko Modise e Steven Pienaar; Katlego Mphela e Benni McCarthy.
O time é perigoso, não é bobo como a maioria acredita que é. Com uma defesa um tanto quanto solida, com o gigante Booth e o seguro Mokoena, além de um lateral esquerdo com porte fisico invejavel em Masilela, não toma muitos gols, pois após esse pequeno ferrolho, existe o bom goleiro Khune(para mim, o grande destaque). Sibaya e Tshabalala são dois jogadores de características parecidas, bons marcadores, bom passe, inteligentes, mas ambos são lentos. Mais na frente, Modise e Pienaar ficam encarregados da criação das jogadas, usando muito a jogada pelas pontas um com o outro ou pela direita com o pequeno e veloz lateral Gaxa. Na frente, um experiente e goleador Benni McCarthy faz companhia a Mphela, atacante raçudo dono de um chute de extrema força e precisão de longa distancia.
Aposta: Segundo do grupo.
México - Após ficar em segundo lugar nas eliminatórias da América Central, atrás dos Estados Unidos, o México chega como uma incógnita a essa copa do mundo. Existe, claramente, uma tentativa de renovação, com os irmãos Gio e Jonathan dos Santos, mas nomes consagrados, como Cuauthemoc Blanco, ainda são chamados.
Time Base: Ochoa; José Castro, Rafa Marquez, Osório e Salcido; Torrado, Guardado, Alberto Medina, Gio dos Santos e Blanco; Guillermo Franco.
O grande destaque desse time é, obviamente, o goleiro Guillermo Ochoa. Mesmo tendo apenas 1, 83 de altura, Ochoa mais do que compensa com grandes defesas e um reflexo incrivelmente apurado. Além disso, é muito seguro em chutes de longe, sai muito bem do gol em situações de 1 contra 1, e se mostra soberano nos cruzamentos. De resto, os Mexicanos têm a garra de sempre e inspiram confiança no veterano Blanco e nas jóias Gio dos Santos e Carlos Vela, do Arsenal, atacante extremamente habilidoso.
Aposta: Passa em primeiro.
Uruguai - O quinto colocado das eliminatórias sul-americanas, chega a copa para fazer um papel de coadjuvante. Não deve ser páreo para o veloz time mexicano nem a enlouquecida torcida sul-africana, além de ser inferior a França.
Time Base: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godin e Fucile; Gargano, Eguren, Alvaro Pereira e Cristian Rodriguez; Luis Suarez e Forlan.
Mesmo sendo a quarta força do grupo A, esse time não pode ser menosprezado. Embora os volantes sejam fracos na marcação e no passe, a defesa não é de se jogar fora, com o goleiro Muslera em excelente fase na Lazio. Contudo, a grande força dos uruguaios está no ataque, com Luis Suarez fazendo uma temporada dos sonhos no Ajax e o conhecido Diego Forlan, com sua categoria de sempre. No banco, ainda tem como opções o matador El-Loco Abreu e a promessa Edinson Cavani.
Aposta: Quarto lugar no grupo.
Time Base: Lloris; Sagna, Gallas, Abidal e Evra(Clichy); Lassana Diarra, Toulalan, Gourcuff, Ribery e Malouda; Thierry Henry.
A grande força desse time está, mais uma vez, no gol. Hugo Lloris fechou o gol no Lyon essa temporada, e é meu candidato para melhor goleiro da copa, mesmo que acredite que a França vá cair na primeira fase. Com uma boa defesa e bons laterais, os rápidos e incansáveis Sagna e Evra, e um meio de campo congestionado com 5 jogadores, o time ainda depende demais de seu grande jogador, Frank Ribery e seus chutes potentes. Assim, o time Frances é muito pragmático e lento, facilitando a marcação para qualquer adversário de maior ou menor porte. Posso afirmar que dependerá de momentos de inspiração individual.Aposta: Terceiro lugar no grupo.
terça-feira, 7 de julho de 2009
A Lateral-Esquerda
A verdade é que o próprio Parreira tentou suprir a ausência daquele Roberto Carlos e não conseguiu. O reserva da posição, em 2006, era o lateral Gilberto, que jogava no Hertha Berlin e agora está no time B do Tottenham, da Inglaterra. Convenhamos que é muito fraco, e já na época se questionava sua presença na seleção. Mas tudo bem, a safra de laterais em 2006 era fraca, não ha duvida, não tinha muita opção. Mas, está errado aquele que acredita que essa nova safra de laterais não é muito melhor e com mais opções do que a anterior.
Temos alguns jogadores de qualidade e personalidade em divididos entre os grandes centros da Europa e grandes clubes brasileiros. São eles: Marcelo (Real Madrid), Fábio Aurélio (Liverpool), Michel Bastos (Lille - França), André Santos (Corinthians), Juan (Flamengo), Kléber (Internacional) e não vou deixar de fora o jovem Ramon, do Vasco, que a pouco foi vitima de uma lesão, vamos ver como ele voltara aos gramados.
Vou falar um pouco mais dos três que citei que atuam na Europa individualmente:
Marcelo - O jovem jogador de apenas 21 anos é, em minha opinião, o melhor lateral-esquerdo que o Brasil tem a sua disposição. O ex-tricolor carioca foi eleito o melhor do Brasileirão de 2007 na sua posição e foi atuar no Real Madrid, onde fazia parte da rotação do time titular até o fim dessa temporada. O argumento de muitos para Dunga não chamar Marcelo para a seleção é que no Real Madrid ele joga de ala, não de lateral. Duas coisas: 1 - Um jogador não esquece como atuar em uma posição, especialmente se for sua posição de origem. 2 - Não é mais poder de fogo que nos queremos pela esquerda no time de Dunga? Marcelo pode nos dar exatamente isso. Tem velocidade e personalidade, não tem medo de errar.
Fábio Aurélio - Tenho que admitir. Depois de vir de uma excelente temporada no Liverpool, onde se firmou como o principal jogador do clube inglês na esquerda, fiquei surpreso ao ver que ele não recebeu nem sequer UMA chance com Dunga. Depois de tantas apostas, como Afonso Alves e Felipe Melo, não vejo porque não integrar Fábio Aurélio ao grupo da seleção. Tive o prazer de acompanhar alguns de seus jogos no Campeonato Ingles e na Champions League e achei ele muitobom jogador. Além de saber atacar e defender muito bem, ele é um exímio cobrador de faltas.
Michel Bastos - Outra aposta que achei que Dunga ia fazer. Tudo bem que o Lille não tem nenhuma visibilidade na Europa, mas depois de duas excelentes temporadas, na ultima, inclusive, quase foi eleito o melhor jogador do Campeonato Frances, que tem astros como Karim Benzema, Yoann Gourcouff, Juninho Pernambucano e outros. Ele também merecia sua chance na seleção.
Depois de avaliar esses jogadores, penso que se a lateral-esquerda está capenga não é por falta de opção, e sim por falta de observação e sensibilidade na hora de convocar os jogadores. O Dunga está fazendo um bom trabalho com suas convocações (embora ainda um pouco polêmicas), acho que ele deixa a desejar um pouco na lateral esquerda, não experimentou tudo que podia. Mas ainda há tempo. Na minha seleção, os laterais seriam Marcelo e Fábio Aurélio. Mas não deixaria de dar chances a Michel Bastos, André Santos e os outros.
A lateral-esquerda Brasileira está sim bem servida.