terça-feira, 7 de julho de 2009

A Lateral-Esquerda

Muito bem, vamos lá. Resolvi escrever sobre a lateral-esquerda da nossa seleção, que anda capenga, como foi muito bem apontado pelo meu amigo Gustavo. Já não é de hoje que a seleção brasileira luta para achar um substituto à altura para Roberto Carlos. O Roberto Carlos a quem me refiro aquele ate a copa de 2002, não o veterano que ajeitou o meião quando Henry escorava o cruzamento de Zidane para fazer o gol que desclassificaria o Brasil.

A verdade é que o próprio Parreira tentou suprir a ausência daquele Roberto Carlos e não conseguiu. O reserva da posição, em 2006, era o lateral Gilberto, que jogava no Hertha Berlin e agora está no time B do Tottenham, da Inglaterra. Convenhamos que é muito fraco, e já na época se questionava sua presença na seleção. Mas tudo bem, a safra de laterais em 2006 era fraca, não ha duvida, não tinha muita opção. Mas, está errado aquele que acredita que essa nova safra de laterais não é muito melhor e com mais opções do que a anterior.

Temos alguns jogadores de qualidade e personalidade em divididos entre os grandes centros da Europa e grandes clubes brasileiros. São eles: Marcelo (Real Madrid), Fábio Aurélio (Liverpool), Michel Bastos (Lille - França), André Santos (Corinthians), Juan (Flamengo), Kléber (Internacional) e não vou deixar de fora o jovem Ramon, do Vasco, que a pouco foi vitima de uma lesão, vamos ver como ele voltara aos gramados.

Vou falar um pouco mais dos três que citei que atuam na Europa individualmente:
Marcelo - O jovem jogador de apenas 21 anos é, em minha opinião, o melhor lateral-esquerdo que o Brasil tem a sua disposição. O ex-tricolor carioca foi eleito o melhor do Brasileirão de 2007 na sua posição e foi atuar no Real Madrid, onde fazia parte da rotação do time titular até o fim dessa temporada. O argumento de muitos para Dunga não chamar Marcelo para a seleção é que no Real Madrid ele joga de ala, não de lateral. Duas coisas: 1 - Um jogador não esquece como atuar em uma posição, especialmente se for sua posição de origem. 2 - Não é mais poder de fogo que nos queremos pela esquerda no time de Dunga? Marcelo pode nos dar exatamente isso. Tem velocidade e personalidade, não tem medo de errar.

Fábio Aurélio - Tenho que admitir. Depois de vir de uma excelente temporada no Liverpool, onde se firmou como o principal jogador do clube inglês na esquerda, fiquei surpreso ao ver que ele não recebeu nem sequer UMA chance com Dunga. Depois de tantas apostas, como Afonso Alves e Felipe Melo, não vejo porque não integrar Fábio Aurélio ao grupo da seleção. Tive o prazer de acompanhar alguns de seus jogos no Campeonato Ingles e na Champions League e achei ele muitobom jogador. Além de saber atacar e defender muito bem, ele é um exímio cobrador de faltas.

Michel Bastos - Outra aposta que achei que Dunga ia fazer. Tudo bem que o Lille não tem nenhuma visibilidade na Europa, mas depois de duas excelentes temporadas, na ultima, inclusive, quase foi eleito o melhor jogador do Campeonato Frances, que tem astros como Karim Benzema, Yoann Gourcouff, Juninho Pernambucano e outros. Ele também merecia sua chance na seleção.

Depois de avaliar esses jogadores, penso que se a lateral-esquerda está capenga não é por falta de opção, e sim por falta de observação e sensibilidade na hora de convocar os jogadores. O Dunga está fazendo um bom trabalho com suas convocações (embora ainda um pouco polêmicas), acho que ele deixa a desejar um pouco na lateral esquerda, não experimentou tudo que podia. Mas ainda há tempo. Na minha seleção, os laterais seriam Marcelo e Fábio Aurélio. Mas não deixaria de dar chances a Michel Bastos, André Santos e os outros.

A lateral-esquerda Brasileira está sim bem servida.